Protestos contra governo regional após inundações na Espanha reúnem milhares de pessoas
Milhares de manifestantes se reuniram em Valência, na Espanha, para protestar contra a atuação das autoridades regionais diante das recentes inundações que resultaram em pelo menos 220 mortes, sendo um dos piores desastres naturais na Europa em décadas.
Durante o protesto, os participantes exigiram a renúncia do líder do governo regional, Carlos Mazon, e expressaram sua indignação por meio de faixas e atos simbólicos, como jogar lama e botas sujas em frente ao prédio do governo. Palavras de ordem como “assassinos” foram entoadas pelos manifestantes.
Além da crítica à gestão regional, o governo federal, liderado pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez, também foi alvo de reprovação. Outras cidades, como Alicante, Elche e Madri, também registraram protestos.
As principais acusações contra os políticos incluem a falta de alerta claro sobre as chuvas iminentes e a resposta tardia no auxílio às áreas afetadas. Residentes de Valência responsabilizam Mazon por emitir o alerta tardiamente, após as inundações já terem atingido várias localidades.
Apesar da maioria dos protestos ter sido pacífica, houve confrontos pontuais com a polícia. Na Espanha, a gestão de desastres é de responsabilidade das administrações regionais, mas o governo central pode intervir em situações extremas.
O desastre resultou em quase 80 pessoas desaparecidas e é considerado a inundação mais letal em um único país europeu desde 1967. A população local critica a falta de ação e planejamento adequados por parte das autoridades, mantendo a situação sob intensa vigilância da sociedade.