O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, teve suas redes sociais suspensas por decisão judicial, o que ele usou como um elemento para fortalecer sua narrativa antissistema. Marçal adota uma postura de enfrentamento ao sistema político tradicional, apresentando-se como alguém perseguido pelas instituições e mídia. Ele critica figuras como o prefeito Ricardo Nunes, Guilherme Boulos, Valdemar Costa Neto e até o ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem acusa de ter se rendido ao sistema.
A suspensão das redes sociais ocorreu devido a indícios de abuso econômico por parte de Marçal, que teria oferecido recompensas financeiras a apoiadores pela produção de vídeos para suas redes sociais. O candidato negou ter feito tais pagamentos, apesar de ter mencionado anteriormente em entrevista a intenção de premiar os vídeos mais visualizados.
Diante da decisão judicial, Marçal se posicionou como vítima de censura e mobilizou seus seguidores, aumentando o número de seguidores em contas alternativas. Ele reforça sua imagem de combatente do sistema, alegando estar sendo alvo de perseguição injusta. Aliados do candidato acreditam na reversão da decisão e afirmam que a suspensão gerou uma reação positiva entre seus apoiadores.
Marçal aproveitou a situação para ampliar suas críticas ao sistema político, envolvendo diversos atores, como o governador Tarcísio de Freitas e a família Bolsonaro. Ele busca manter o apoio dos eleitores bolsonaristas, ao mesmo tempo em que se posiciona como independente de padrinhos políticos e sem compromissos partidários. O candidato reforçou sua postura antissistema, utilizando a decisão judicial para impulsionar sua estratégia de campanha.