Um dos membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Juan Carlos Delpino, levantou dúvidas sobre a transparência e veracidade dos resultados que reelegeram Nicolás Maduro para mais seis anos. Ele é o primeiro a oficialmente contestar os resultados, que também são questionados pela oposição e por vários países, incluindo os EUA, Chile e União Europeia.
Delpino destacou que o processo eleitoral não foi inclusivo, mencionando decisões unilaterais do presidente do CNE, Elvis Amoroso, como o desconvite à UE para ser observadora do processo. Ele ressaltou que a legitimidade dos resultados em vários centros de votação foi comprometida devido ao impedimento de testemunhas eleitorais de acessar as atas de votação, conforme previsto por lei.
Além disso, ele criticou a judicialização do processo e propôs uma auditoria das atas de votação com a presença de observadores internacionais para resolver o conflito. Até o momento, nenhum órgão independente validou os resultados divulgados pelo CNE, que indicam a vitória de Maduro com 52% dos votos contra 43% do principal opositor, Edmundo González.
Organizações como o Carter Center e o painel de especialistas da ONU levantaram dúvidas sobre a legitimidade da eleição, apontando irregularidades e descumprimento de medidas básicas para um pleito democrático. A situação eleitoral na Venezuela continua sendo motivo de controvérsia, com a falta de consenso internacional sobre a validade dos resultados.