Nesta sexta-feira, as taxas dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) encerraram em queda significativa, especialmente nos contratos a partir de janeiro de 2026. Esse movimento foi impulsionado pela desvalorização do dólar em relação ao real e pelo recuo dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos no mercado internacional. Além disso, declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, também contribuíram para a redução das taxas.
Apesar da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acima do esperado, as taxas de curto prazo encerraram em alta, refletindo a possibilidade de aumento da taxa Selic em setembro.
No fechamento do pregão, a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,745%, para janeiro de 2026 em 11,525%, e para janeiro de 2027 em 11,545%. O dólar chegou a oscilar abaixo dos 5,50 reais, favorecendo as moedas emergentes.
As expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve a partir de setembro e a percepção de um Banco Central mais austero em relação à inflação influenciaram o mercado, resultando numa queda nas taxas de juros de longo prazo. No entanto, as taxas de curto prazo seguiram em alta, refletindo a possibilidade de aumento da Selic. A curva brasileira precificava uma probabilidade de 80% de alta de 25 pontos-base na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em setembro.
No cenário global, o rendimento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos de dez anos estava em queda, o que também impactou as decisões de investimento. A percepção de um Banco Central mais inclinado a elevar a Selic, se necessário, resultou em um movimento misto na curva, com as taxas curtas em alta e as longas em baixa.