Na última sexta-feira (19), o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, anunciou que o governo optou por transferir parte das reservas de ouro do banco central do país para o exterior. Segundo Caputo, essa medida tem o objetivo de otimizar um ativo que anteriormente não estava gerando retorno, possibilitando assim maximizar os recursos do país.
Embora o ministro não tenha detalhado o destino preciso ou a quantidade exata de ouro movimentada, estimativas da imprensa local indicam que as operações envolveram cerca de US$ 450 milhões. A retirada do ouro foi alvo de críticas por parte de especialistas, que questionaram a dificuldade do governo em acumular reservas e as estratégias consideradas arriscadas adotadas.
A decisão de transferir o ouro para o exterior suscitou preocupações sobre a segurança desses ativos em jurisdições estrangeiras, com especialistas alertando para possíveis riscos de embargo. Antes do anúncio de Caputo, o ex-ministro da Fazenda Martín Guzmán levantou questionamentos quanto à escolha de enviar o ouro para o exterior, sugerindo que ele poderia ser utilizado como garantia para futuros empréstimos.
A movimentação do ouro do Banco Central da Argentina para o exterior foi considerada incomum e despertou debates acalorados sobre a gestão econômica do governo, sobretudo no que tange à geração de receitas e à manutenção da estabilidade financeira.