O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que se manifeste sobre a possibilidade de o Congresso votar o projeto de lei de renegociação das dívidas dos Estados até o dia 20 de julho. Nessa data, a União poderá bloquear recursos de Minas Gerais para quitar parte de uma dívida de aproximadamente R$ 160 bilhões. O governador Romeu Zema (Novo) alertou sobre o impacto severo no fluxo de caixa do Estado caso o bloqueio ocorra e solicitou uma nova prorrogação da suspensão da dívida até que o tema seja regulamentado pelo Legislativo.
Pacheco mencionou que a votação do projeto pode ser adiada para agosto, devido à necessidade de discutir o texto com senadores e governadores. Fachin também pediu a Zema que se pronuncie sobre as condições apresentadas pela União em um documento enviado ao STF. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou ao ministro que o Estado precisa retomar os pagamentos das parcelas para aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).
Fachin ressaltou que há interesses legítimos em conflito e está atuando em regime de plantão na Corte até o dia 16. O prazo para Minas Gerais aderir ao RRF já foi prorrogado duas vezes a pedido do governador e do presidente da Assembleia Legislativa do Estado. A AGU argumentou que Minas Gerais ainda não cumpriu todas as contrapartidas de reequilíbrio fiscal exigidas para aderir ao RRF e destacou a importância de manter a isonomia com os demais entes federativos.