O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que peritos da Polícia Federal (PF) realizem uma análise das explicações fornecidas pelo antigo Twitter em relação às transmissões ao vivo feitas na plataforma com a participação de usuários suspensos. O objetivo é verificar a veracidade das justificativas técnicas apresentadas pela rede social.
A decisão foi tomada a pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que solicitou um parecer técnico sobre o assunto. Após a conclusão do relatório pela PF, a PGR terá um prazo de 15 dias para se posicionar.
Em abril, a Polícia Federal identificou que seis perfis ativos no Brasil, mesmo estando judicialmente bloqueados, conseguiram participar de transmissões ao vivo e interagir com outros usuários. Os perfis beneficiados eram de blogueiros, um senador, um comentarista e um canal.
Os antigos representantes do Twitter no Brasil alegaram que houve uma falha técnica operacional no acesso pelo aplicativo e que medidas para corrigir o problema já foram solicitadas. A empresa afirmou que esses casos foram excepcionais e atribuiu as brechas a manobras de usuários bloqueados.
O impasse em relação às transmissões ao vivo ocorreu antes do banimento do Twitter no Brasil, que foi determinado por Alexandre de Moraes devido à negativa da plataforma em indicar novos representantes para lidar com questões judiciais. A decisão foi confirmada por unanimidade na Primeira Turma do STF, e a empresa acumula multas por desrespeitar decisões judiciais brasileiras.