O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), está recebendo apoio dentro da corte para definir o andamento dos processos que estão sob sua relatoria, incluindo a decisão de julgar o caso da trama golpista pela Primeira Turma ou pelo plenário completo. Até agora, não houve debates sobre a sua imparcialidade nos casos em que está envolvido.
Moraes ganhou destaque ao autorizar uma operação da Polícia Federal e tem sido citado várias vezes nas investigações. A questão delicada envolvendo o ministro é vista como uma defesa da integridade da corte como um todo.
Nos bastidores, Moraes sinalizou a possibilidade de levar a discussão para a Primeira Turma, composta por 5 ministros, em vez do plenário completo, e essa escolha não causou desconforto significativo entre os membros. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, afirmou que é natural que a análise seja feita na turma.
Os processos relacionados ao suposto plano para impedir a posse de Lula devem ser finalizados no próximo ano, de modo a evitar que as discussões se arrastem até as eleições presidenciais de 2026. A decisão sobre o rumo do caso será tomada após o recebimento da denúncia da Procuradoria-Geral da República pelo STF, momento em que Moraes irá conduzir o processo e decidir se o julgamento será na turma ou no plenário.
Ministros e assessores acreditam que os desdobramentos desse caso devem se tornar mais próximos no próximo ano. A possibilidade de mais pessoas serem indiciadas não está descartada, e a Polícia Federal ainda deve ouvir militares ligados a uma operação recente para identificar outros possíveis envolvidos no suposto plano para atentar contra autoridades.
Parlamentares alinhados ao governo Bolsonaro questionam a atuação de Moraes nos processos, argumentando que ele também é alvo dos planos golpistas. Em setembro, foi apresentado um pedido de impeachment contra o ministro.