O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou que o vazamento e a divulgação de mensagens que expuseram ações dentro de seu gabinete estão relacionados a uma organização criminosa que busca desestabilizar as instituições e promover o retorno da ditadura. Ele tornou público na quinta-feira (22) o inquérito aberto para investigar o caso, que foi iniciado após a revelação de que seu gabinete solicitara ao TSE a produção de relatórios para embasar decisões no inquérito das fake news.
O novo inquérito, sob responsabilidade de Moraes, está ligado à investigação das fake news e aponta para a atuação de uma possível organização criminosa que visa desestabilizar as instituições republicanas, especialmente o Congresso e o STF. Segundo o ministro, a investigação indica uma rede virtual de apoiadores que trabalham para minar a estrutura democrática e o Estado de Direito, buscando o fechamento do STF e a volta de uma ditadura. Ele determinou a realização de depoimentos pela Polícia Federal e mencionou a apreensão do celular de um ex-auxiliar do TSE.
A defesa do ex-assessor do TSE negou o vazamento das mensagens e questionou a condução da investigação por Moraes, alegando excessos. O ministro, por sua vez, afirmou que tudo o que foi feito em seu gabinete está documentado e recebeu apoio de outros ministros do STF.