De acordo com o relatório anual da Demographic International Housing Affordability, que analisa o custo de moradia global há duas décadas, várias cidades foram designadas como “impossivelmente inacessíveis” devido aos preços exorbitantes dos imóveis. Entre as cidades citadas estão San José, Los Angeles, São Francisco, San Diego e Honolulu nos Estados Unidos, além de Sydney, Melbourne e Adelaide na Austrália. Hong Kong lidera a lista com a maior taxa de inacessibilidade, seguida por outras cidades como Singapura.
O relatório destaca que fatores como o aumento do trabalho remoto durante a pandemia, políticas de uso do solo e a especulação imobiliária contribuem para a inacessibilidade da moradia. Por outro lado, o estudo identifica algumas cidades mais acessíveis, como Pittsburgh, Rochester e St. Louis nos EUA; Edmonton e Calgary no Canadá; Blackpool, Lancashire e Glasgow no Reino Unido; e Perth e Brisbane na Austrália.
A classe média é apontada como a mais afetada pelo aumento dos custos da terra e da moradia, devido à escassez de oferta e ao consequente aumento dos preços. A metodologia do relatório avalia a acessibilidade da moradia considerando a relação entre o preço médio da habitação e a renda familiar média bruta, com dados coletados em 94 mercados ao redor do mundo.