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O que se sabe sobre o falso sumiço de menino de 6 anos no interior de SP

Nesta sexta-feira (11), um menino de 6 anos, dado como desaparecido, foi localizado no porta-malas do carro da família, em Jardinópolis, cidade no interior de São Paulo. De acordo com a Polícia Civil, o caso “não passou de uma grande encenação”.

Segundo a Polícia Militar (PM), o pai da criança informou que deixou o filho escondido no veículo para comunicar um falso desaparecimento, fingir um sequestro e conseguir o dinheiro do resgate. Abaixo, veja o que se sabe sobre o ocorrido.

Quando a criança desapareceu?

Conforme o delegado responsável pelo caso, Rafael Pelizzaro Silveira, um boletim de ocorrência (BO) foi registrado na noite de quinta-feira (10), pela própria mãe do menino, relatando o desaparecimento da criança.

No documento, a mulher afirmou ter dado falta no filho por volta das 11h de quinta. Além disso, ela informou que uma pessoa teria entrado em contado e perguntado quanto o menino valia.

Print do suposto diálogo onde uma pessoa pergunta quando a criança valia - Foto: divulgação.
Print do suposto diálogo onde uma pessoa pergunta quando a criança valia – Foto: reprodução/ redes sociais.

Como ele foi localizado?

O capitão da PM Danilo Daltoso disse que, nesta sexta, os policiais foram até um bosque na cidade, onde ocorriam buscas por parte da população na presença dos pais.

Em determinado momento, porém, a mãe disse que precisava trocar a falda do outro filho. Nesse momento, os policiais falaram para ela abrir o porta-malas do carro e realizar a troca, contudo, a mulher se negou.

“Ela se negou dizendo que tinha bastante bagunça no interior do veículo. Os policiais, então, abriram no porta-malas e acabaram localizando o menino”, disse Daltoso.

Embora a criança tenha “desaparecido” no dia anterior, a polícia investiga se ele passou a noite toda dentro do porta-malas.

Aparentemente foi um tempo relevante. Ele chegou aqui na delegacia um pouco debilitado e foi encaminhado ao atendimento médico especializado. Os pais alegam que não, que ele não passou a noite no porta-malas do automóvel

contou o delegado responsável

Por que eles simularam o desaparecimento da criança?

Ainda de acordo com o delegado, os pais, Fabrício Henrique Bonetti e Maiara Maria dos Santos, ambos de 28 anos, forjaram o desaparecimento da criança para tentar arrecadar fundos. Assim, eles poderiam pagar uma suposta dívida com um agiota, que ainda não foi identificado.

Embora os pais da criança tenham mencionado a dívida, Pelizzaro informou que eles não forneceram maiores detalhes em relação ao débito. Apesar do ocorrido, o delegado diz que os dois “não são criminosos frios e calculistas”.

Eles não apresentaram muito emoção. A mãe ficou um pouco mais emocionada. O pai deu a versão dos fatos, falou sobre os fatos também, mas, aparentemente, não são criminosos frios e calculistas, por exemplo, que a gente às vezes a gente vê no dia a dia policial

Rafael Pelizzaro Silveira

Os pais da criança devem responder pelo crime de maus-tratos contra criança e por submeter à criança a constrangimento, conforme o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente).

A defesa do casal ainda não foi localizada.

Fabrício Henrique Bonetti e Maiara Maria dos Santos – Foto: Reprodução/ EPTV

Quando a criança ‘voltaria para casa’?

Apesar de o falso desaparecimento ter acontecido para os pais arrecadarem uma quantia em dinheiro, o delegado contou que, após a repercussão do caso, eles se assustaram e deveriam ‘liberar’ o menino nesta sexta-feira.

O intuito, de acordo com o que a gente levantou até o momento, é que eles não esperavam essa repercussão, tanto na mídia, quanto também nas redes sociais. Então eles aparentemente se assustaram um pouco com essa repercussão e o intuito era justamente liberar o menino hoje para fingir o encontro do menino

Rafael Pelizzaro Silveira

Eles já fizeram algo semelhante?

Conforme as informações do delegado Rafael Pelizzaro Silveira, existe a suspeita de que os pais tenham raspado a cabeça da criança para falar que ele tinha câncer. O intuito também era arrecadar dinheiro com a ação.

No entanto, esse é um cenário que precisa ser aprofundado durante as investigações. “Isso precisa ser aprofundado em sede investigatória. Nós temos sim essa notícia de que já houve essa questão de fingimento, de que a criança teria alguma uma doença pretérita para justamente tentar angariar fundos também”.

Ainda de acordo com a fala de Pelizzaro, a família passa por dificuldades financeiras e essa seria uma nova tentativa de conseguir fundos para sanar as dívidas.

*Com informações da CBN Ribeirão Preto


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Fonte: Cidade ON

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