Os casos de mpox na República Democrática do Congo (RDC) estão em aumento há mais de 2 anos, de acordo com informações da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF). Nos últimos meses, a situação se agravou devido a uma mutação que permitiu a transmissão de pessoa para pessoa, além da identificação de casos suspeitos na província de Kivu do Norte.
A mpox é uma doença transmitida por contato próximo entre indivíduos ou com animais infectados e é considerada endêmica na África Central e na África Ocidental. Ela possui duas cepas distintas desde os anos 1970, e entre 2020 e 2023 houve um significativo aumento de casos relacionados à variante da África Ocidental em mais de 110 países.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, mencionou a possibilidade de convocar o comitê de emergência da entidade para avaliar a situação do surto de mpox na África. A variante mais perigosa da doença tem preocupado as autoridades de saúde devido à sua alta taxa de mortalidade, especialmente em crianças pequenas.
A falta de disponibilidade de vacinas tem sido um desafio, embora a RDC tenha aprovado pelo menos duas vacinas contra a mpox. Negociações estão em andamento para assegurar o fornecimento adequado de vacinas e direcioná-las para as regiões mais afetadas.
A resposta ao surto de mpox na RDC exige uma abordagem multissetorial e adaptada a cada contexto, levando em consideração as diferentes realidades demográficas e geográficas das áreas afetadas. Enquanto aguardam a chegada das vacinas, os parceiros estão sendo chamados a apoiar aspectos cruciais da resposta, como análises laboratoriais, vigilância, apoio ao isolamento e conscientização.
A mpox é uma doença viral zoonótica transmitida por contato com animais selvagens infectados e materiais contaminados. Os sintomas incluem erupções cutâneas, febre, dores corporais, linfonodos inchados, entre outros. O tratamento de suporte é essencial para controlar os sintomas e prevenir complicações, já que a doença pode ser fatal se não tratada adequadamente.
A OMS já declarou que a mpox não constitui mais uma emergência em saúde pública de importância internacional, mas destaca a necessidade de manter esforços consistentes e sustentáveis para lidar com os desafios apresentados pela doença. Para mais informações, consulte a matéria original da Agência Brasil [aqui](https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2024-08/entenda-o-surto-de-mpox-na-africa-que-preocupa-oms).