Operação da Abin chamada “Adelito” monitorou homem que fez ameaças contra Bolsonaro
Uma operação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), denominada “Adelito”, monitorou um homem que ameaçou dar um tiro na testa de Jair Bolsonaro, sem relação com o autor da facada contra o ex-presidente, Adélio Bispo. A Polícia Federal destacou o nome da ação, Adelito, na última fase da operação que investiga a “Abin paralela” e apura possíveis desvios institucionais. Há suspeitas de uso da agência para atender interesses eleitorais de Bolsonaro.
O alvo das ameaças fez diversas declarações agressivas contra o ex-presidente, manifestando o desejo de matá-lo. A PF abriu um inquérito após o homem publicar um vídeo onde expressava sua intenção de matar Bolsonaro com a própria arma que ele havia liberado. O indivíduo também fez postagens agressivas nas redes sociais, gerando preocupação e ação investigativa.
Durante o monitoramento, o homem realizou postagens agressivas e perturbadoras contra o ex-presidente. A Abin é responsável pela segurança de autoridades e levanta informações de inteligência para proteção contra possíveis agressores.
A investigação da PF sobre a “Abin paralela” também envolve mensagens trocadas pelo ex-diretor da agência e deputado Alexandre Ramagem, pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro. A PF indicou que houve determinação para análise do caso de Adélio Bispo, mas reiterou que Adélio agiu sozinho no crime e encerrou a investigação sobre a tentativa de assassinato de Bolsonaro.
A Abin foi alvo de investigação pela PF sob suspeita de uso clandestino durante o governo Bolsonaro, com alegações de ações ilegais e desvio de finalidade. Servidores da agência reclamam que as acusações recaem principalmente sobre policiais federais levados por Ramagem para a agência no governo anterior. Até o momento, algumas prisões foram realizadas no contexto da investigação.