O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, em seu segundo dia à frente da presidência rotativa de seis meses da UE (União Europeia), fez uma visita surpresa a Kiev, onde pediu aos ucranianos que considerassem um cessar-fogo para iniciar negociações de paz com a Rússia. Esta foi a primeira vez que Orbán visitou seu vizinho invadido pelos russos em fevereiro de 2022. Durante a visita, ele se encontrou com o presidente Volodimir Zelenski e discutiu a possibilidade de um cessar-fogo limitado no tempo para acelerar as negociações. Orbán afirmou que o objetivo da presidência húngara é contribuir para solucionar os desafios da UE e que sua primeira viagem foi a Kiev. A reação de Zelenski à oferta ainda não foi divulgada.
O Kremlin minimizou a visita de Orbán, afirmando que ele estava apenas cumprindo seu papel e negou qualquer contato entre o húngaro e Putin antes da visita. Orbán é conhecido por suas relações próximas com Putin e seus laços econômicos fortes com a Rússia. Apesar disso, sua iniciativa em Kiev pode gerar críticas na Europa, especialmente considerando a postura confrontadora da Hungria em relação a questões como a ajuda a Kiev na guerra.
Durante a visita, Orbán e Zelenski também discutiram a questão da minoria étnica húngara na Ucrânia. Enquanto isso, no campo de batalha, o Ministério da Defesa russo anunciou ter destruído sete caças pesados Su-27, importantes ativos da Ucrânia, em um ataque à base de Mirgorod. Esse ataque destaca a vulnerabilidade da defesa ucraniana, que conta com a promessa de envio de caças americanos F-16 por parte de aliados da Otan. A Holanda assinou a autorização para o envio de 24 F-16 para os ucranianos, mas ainda não chegaram.
A visita de Orbán a Kiev e seus pedidos por um cessar-fogo visam contribuir para avanços na resolução do conflito e geram especulações sobre seu papel à frente da presidência temporária da UE. A situação na Ucrânia continua delicada, com desafios tanto políticos quanto militares pela frente.