Segunda-feira, Novembro 25, 2024
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Pesquisadora adverte que rotular o gangstalking pode agravar o problema

Nos últimos anos, um fenômeno complexo e polêmico tem surgido no cenário digital, envolvendo indivíduos que se autodenominam “indivíduos-alvo” e acreditam ser alvo de perseguições organizadas. Essas pessoas se reúnem em comunidades online para relatar ações que consideram prejudiciais, difamatórias e até mesmo perigosas. Alguns indivíduos-alvo têm levado essa questão para o mundo real, organizando grupos e buscando apoio em instâncias governamentais através de iniciativas para proteger as vítimas do que chamam de “gangstalking”, a percepção de serem alvo de uma perseguição coordenada.

A psicoterapeuta e assistente social Liz Johnston, professora da Universidade Politécnica da Califórnia, vem se dedicando ao estudo dessas experiências, reconhecendo a importância e a lacuna de pesquisa nessa área. Ela está prestes a lançar um livro sobre o gangstalking, que reúne contribuições de pesquisadores renomados. Em uma entrevista, Liz explicou que o gangstalking envolve a sensação de ser perseguido por um grupo indefinido de pessoas, muitas vezes associadas a entidades governamentais. As vítimas relatam invasões de privacidade, vigilância e até mesmo controle mental.

Johnston ressalta a necessidade de não estigmatizar essas pessoas como paranoicas, destacando que existem precedentes de programas de vigilância governamental que podem respaldar essas crenças. Ela enfatiza a importância de ampliar as pesquisas acadêmicas sobre o assunto e reconhece que as convicções religiosas podem desempenhar um papel significativo para alguns indivíduos-alvo.

O livro de Liz Johnston, que será lançado em breve pela editora Ethics Press, busca revisar e aprofundar o debate sobre o gangstalking, evidenciando a escassez de estudos na área e apontando a necessidade de mais investigações. A pesquisa sobre o tema ainda é incipiente, com poucos estudos sérios realizados até o momento. Há muito a ser compreendido sobre os indivíduos-alvo e os fatores culturais e nacionais que influenciam suas experiências.

Para lidar com desafios emocionais e preservar a saúde mental, é aconselhável buscar ajuda profissional. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional por telefone, e o Mapa da Saúde Mental pode direcionar para serviços públicos e gratuitos disponíveis.

Referência: [Agência Brasil](https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2024-08/rotulos-sobre-gangstalking-podem-agravar-problema-diz-pesquisadora)

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