A Polícia Federal prendeu um general da reserva, ex-integrante do governo Jair Bolsonaro, e outros três oficiais militares, além de um policial federal, suspeitos de estarem envolvidos em uma trama para o assassinato do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A investigação, denominada Operação Contragolpe, faz parte de um inquérito que apura uma organização criminosa suspeita de planejar um golpe de Estado após a eleição presidencial de 2022.
A ação da Polícia Federal aumenta as suspeitas sobre o entorno de Bolsonaro, principalmente em relação ao ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, general Braga Netto, e ao general reformado Mário Fernandes. Fernandes foi apontado como o autor de um documento que detalhava planos para envenenar Lula, matar Alckmin e explodir Moraes. O relatório da PF sugere que Bolsonaro estava buscando o apoio das Forças Armadas para concretizar um golpe de Estado em dezembro de 2022.
A Operação Contragolpe resultou na prisão de outros militares e um policial federal, além da apreensão de materiais que embasaram a investigação. O plano descoberto envolvia ações ilícitas planejadas por militares com formação em Forças Especiais, incluindo o uso de armamentos extremamente letais e a possibilidade de assassinar Moraes.
Além disso, a PF apontou que Bolsonaro teria aceitado o “assessoramento” de Fernandes e existem evidências de seu envolvimento com a trama golpista. A investigação revelou a existência de um plano para monitorar e assassinar Moraes, que foi iniciado, mas posteriormente abortado. Houve ainda a identificação de um policial federal que compartilhou informações sobre a segurança de Lula com pessoas próximas a Bolsonaro, demonstrando aderência ao intento golpista.
A PF encontrou indícios de que Bolsonaro teria redigido um documento relacionado ao golpe de Estado após a eleição de 2022 e que posteriormente teria se reunido com militares para concretizar a ação. A investigação revelou a estreita relação entre as ações de Fernandes e as visitas de Bolsonaro a locais estratégicos, bem como a troca de mensagens entre eles que sugerem a participação do ex-presidente na trama golpista.
A operação da PF lançou luz sobre uma possível tentativa de golpe de Estado envolvendo militares e aliados do então presidente Bolsonaro, em um cenário que incluía planos para assassinar figuras políticas importantes e desestabilizar o país. Esta notícia foi baseada em informações do Notícias ao Minuto.