De acordo com informações da Polícia Federal, há suspeitas de que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha conhecimento do esquema de venda de joias e presentes que ele recebeu durante seu mandato. Segundo as investigações, o ex-ajudante de ordens da Presidência teria iniciado pesquisas sobre o valor de um relógio Patek Philippe logo após Bolsonaro ter recebido o presente em uma viagem ao Bahrein, em novembro de 2021.
Durante a viagem, o ex-ajudante teria enviado informações sobre o valor do relógio e uma foto do certificado de origem para Bolsonaro por meio do aplicativo WhatsApp. Mais tarde, em junho de 2022, ele teria negociado a venda do relógio com uma loja nos Estados Unidos. A Polícia Federal aponta que o relógio foi vendido sem ter sido registrado no Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência, assim como outras peças recebidas.
As autoridades identificaram evidências, incluindo fotos do relógio no Palácio da Alvorada, que levantam suspeitas sobre a participação de Bolsonaro no esquema. O ex-ajudante afirmou que o relógio foi apresentado pelo ex-presidente e que ele apenas seguiu ordens. Além disso, foi descoberto que o certificado de compra do relógio estava em branco e que o objeto foi vendido em conjunto com um Rolex por valores elevados.
Até o momento, os itens, como as esculturas douradas, não foram recuperados. A investigação segue em andamento para esclarecer o caso, conforme informações do portal Notícias ao Minuto.