A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou novamente a libertação de Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está detido preventivamente desde 8 de fevereiro. A detenção ocorreu no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga um possível grupo envolvido em planos de golpe de Estado após as eleições de 2022. A Polícia Federal alega que Martins tentou fugir do país, mas ele nega essa acusação.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, reforçou o pedido de soltura com base em informações encontradas no celular de Martins, as quais indicam que ele permaneceu no Brasil durante o período em questão. A defesa do ex-assessor apresentou passagens aéreas e registros que sugerem que ele não saiu do país.
Martins é acusado de ter entregue a Bolsonaro um documento com propostas de golpe, porém ele nega qualquer envolvimento com a ideia. Além disso, é apontado como membro do “gabinete do ódio”, grupo responsável por disseminar informações falsas sobre adversários do ex-presidente nas redes sociais.
A prisão de Martins foi mantida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, relator do caso. A defesa afirma que o ex-assessor está sendo alvo de perseguição política.