A introdução de uma tarifa sobre as importações de nitrato de amônio proposta pela Abiquim está gerando controvérsia no setor químico brasileiro. A medida, que ainda está sendo analisada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços (Mdic), foi motivada pelas sanções ocidentais contra a Rússia, que fortaleceram os exportadores asiáticos desse insumo.
A Abiquim justifica a necessidade da tarifa para garantir equilíbrio no mercado e proteger a indústria nacional, uma vez que o Brasil depende principalmente de importações de nitrato de amônio. No entanto, críticos argumentam que a medida afetaria cerca de 90% do consumo brasileiro, já que o país importa a maior parte desse produto.
A empresa norueguesa Yara, única produtora nacional de nitrato de amônio, apoia a proposta da Abiquim, mas também reconhece que a imposição de impostos de importação não é a solução ideal a longo prazo. Ela destaca a importância de ter um gás natural competitivo no país.
Por outro lado, a Associação dos Misturadores de Adubo do Brasil (AMA) e diversos lobbies de setores como soja, milho e carne bovina se opõem fortemente à tarifa, considerando-a protecionista e alertando para possíveis impactos nos custos de produção de alimentos. A AMA ressalta que a proposta poderia beneficiar uma grande multinacional em detrimento da indústria nacional.
A discussão sobre a tarifa sobre o nitrato de amônio segue em andamento, com diferentes atores do setor manifestando suas preocupações e interesses. A notícia original pode ser lida em [Notícias Agrícolas](https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/politica-economia/379320-com-apoio-da-yara-plano-de-tarifar-nitrato-de-amonio-incita-controvesia.html).