A Polícia Federal está investigando a gestão da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo de Lula (PT) como parte das apurações sobre um possível órgão de inteligência paralelo no governo de Jair Bolsonaro (PL). Os investigadores estão focando nas suspeitas de que a direção da Abin sob Lula teria tentado obstruir as investigações da PF.
Durante os depoimentos na fase atual do inquérito da “Abin paralela”, os investigados foram questionados sobre diferentes questões, incluindo a suposta obstrução por parte da direção da Abin naquela época. A PF acredita ter elementos suficientes para indiciar membros da agência e está reunindo mais evidências para fortalecer o inquérito.
Medidas contra a atual cúpula da Abin, como o afastamento de diretores, estão sendo consideradas. Desde a troca de governo, as chefias da PF e da Abin do governo Lula têm trocado críticas internamente.
O desconforto entre as instituições aumentou com a substituição na corregedoria da Abin, envolvendo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, ambos com históricos relacionados ao governo Lula. A investigação também abrange a suspeita de uso indevido do software FirstMile pela Abin durante o governo Bolsonaro.
Apesar das críticas e questionamentos, a direção da Abin defende sua atuação e cooperação com as investigações. A PF continua investigando possíveis tentativas de obstrução por parte da direção da Abin na gestão passada.