O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou a importância de medidas fiscais positivas do governo federal para possibilitar a redução das taxas de juros no país. Ele mencionou que períodos de queda na taxa Selic já ocorreram no Brasil, como durante o superávit no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e com a implementação de medidas como o teto de gastos e a reforma da Previdência.
Campos Neto ressaltou a necessidade de transparência nas informações fiscais e a urgência de esforços fiscais neste momento. Além disso, alertou sobre os riscos de uma redução artificial das taxas de juros, que poderiam resultar em correções inflacionárias e desigualdades na distribuição de renda.
Durante um evento em São Paulo, o presidente do BC abordou os desafios econômicos globais, mencionando questões como a alta dívida pública, taxas de juros elevadas e mudanças estruturais no mercado de trabalho devido à pandemia. Ele enfatizou que, globalmente, a produtividade é baixa, com ganhos concentrados principalmente no setor de tecnologia nos Estados Unidos, enquanto no Brasil, com exceção do agronegócio, a situação econômica é desafiadora.