Presidente interino da Coreia do Sul ordena inspeção abrangente do sistema aéreo após acidente da Jeju Air
O presidente interino da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, solicitou uma inspeção completa de todo o sistema aéreo do país após o trágico acidente envolvendo a companhia aérea Jeju Air, que resultou na perda de 179 vidas em Muan, região sudeste do país. Este acidente é considerado o mais grave da história sul-coreana em solo e o pior envolvendo uma empresa aérea do país desde 1997, e suas causas ainda estão sob investigação.
Especialistas estão questionando a teoria principal de que o avião tenha aterrissado sem o trem de pouso devido a uma possível colisão com uma ave. Embora a caixa-preta tenha sido recuperada, ela sofreu danos que podem dificultar a análise dos dados. Autoridades sul-coreanas, dos Estados Unidos e da Boeing estão colaborando na investigação.
Além disso, questões como a presença de um muro de alvenaria no final da pista e a falta de desaceleração do avião durante o pouso ainda permanecem sem resposta. Há relatos de que a aeronave, um Boeing 737-800, realizou 13 voos em um período de 48 horas antes do acidente, levantando preocupações sobre a possibilidade de uso excessivo do equipamento.
O acidente resultou em uma série de cancelamentos de voos da Jeju Air, com quase 70 mil passageiros cancelando suas reservas em apenas dois dias. O presidente interino Choi expressou solidariedade às famílias das vítimas e ordenou uma inspeção especial em todas as aeronaves Boeing 737-800 em operação no país. A maioria dos voos na malha aérea da Coreia do Sul está operando normalmente, com exceção do aeroporto de Muan, que permanece fechado.