Presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados afirmam que proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 não avançará em breve
Os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados indicaram que a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfrentará dificuldades para avançar no Congresso Nacional. Rodrigo Pacheco e Arthur Lira destacaram a necessidade de condições fiscais adequadas para implementar a medida, enfatizando a importância do controle de gastos e da austeridade fiscal.
Eles defenderam ações de corte de despesas e ressaltaram que qualquer iniciativa que resulte em renúncia de receitas será discutida somente no próximo ano, após uma análise minuciosa de suas fontes de financiamento e impacto nas contas públicas. Membros do governo interpretam essas declarações como uma forma de acalmar o mercado financeiro.
O ministro Haddad reiterou que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda depende da existência de fontes de receita. A proposta do governo para conter os gastos públicos inclui a limitação do ganho real do salário mínimo, com o objetivo de economizar R$ 71,9 bilhões em 2025 e 2026. No entanto, o anúncio dessas medidas desagradou o mercado financeiro, levando o dólar a ultrapassar a marca de R$ 6 pela primeira vez na história.
As declarações dos líderes do Senado e da Câmara dos Deputados, bem como as medidas propostas pelo governo, refletem a preocupação com a responsabilidade fiscal e a importância de garantir bases financeiras sólidas antes de avançar com alterações significativas no sistema tributário.