A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra o pedido de revogação da prisão preventiva do general Braga Netto, que está sob suspeita de tentar obstruir a Justiça em relação a uma investigação sobre um possível golpe de Estado após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) argumentando que os motivos que levaram à prisão preventiva continuam válidos e que não há novos elementos que justifiquem a revogação da medida.
O advogado José Luís Oliveira Lima assumiu a defesa de Braga Netto após quatro dias da prisão e afirmou que o general não cometeu crimes e não está interessado em fazer um acordo de delação.
A PGR já havia defendido a prisão preventiva, alegando que era necessária para evitar interferências nas investigações sobre um possível plano golpista de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Gonet ressaltou que Braga Netto representava um risco real para a aplicação da lei penal.
Segundo o depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, o general teria tentado influenciar sua delação. A Polícia Federal solicitou a prisão de Braga Netto, argumentando que, se estivesse em liberdade, ele poderia representar um risco à ordem pública e interferir nas investigações.
As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.