A Índia está considerando investir na indústria do etanol e pode deixar de exportar açúcar, o que poderia resultar na Tailândia se consolidando como o segundo maior exportador, de acordo com informações recentes do mercado de açúcar.
Com a safra brasileira progredindo bem e as chuvas de monções na Índia, os preços do açúcar têm sido pressionados nas últimas semanas. Filipe Cardoso, da StoneX Brasil, destaca que as chuvas na Ásia, as exportações da Índia e os possíveis efeitos do La Niña terão impacto nos preços do mercado.
Embora o balanço global de oferta de açúcar ainda esteja em superávit, dados da StoneX mostram números mais baixos do que as estimativas anteriores. As chuvas continuarão sendo um fator crucial para o equilíbrio global, especialmente em regiões como México, União Europeia e países da América Central.
Os últimos dados da Unica mostram que a moagem de cana-de-açúcar na região Centro-Sul do Brasil teve uma redução de 11,07%, devido às chuvas, mas ainda registra um aumento de 8,71% em comparação com o mesmo período do ciclo anterior.
Os líderes do setor no Brasil alertam que a produtividade poderá ser afetada pelas altas temperaturas e pelo déficit hídrico causado pelo La Niña. Enquanto isso, na Ásia, a produção tende a crescer, principalmente em países como Paquistão e Tailândia, que têm recebido chuvas dentro da média esperada.
O foco do mercado está nas chuvas de monções na Índia, que até o momento estão 1% abaixo da média. A Índia provavelmente deixará o mercado de exportação de açúcar devido ao seu interesse no programa de etanol do governo.
Na Tailândia, as condições climáticas favoráveis podem resultar em exportações que ultrapassam 7 milhões de toneladas de açúcar em 2024/25, consolidando o país como o segundo maior exportador de açúcar, caso a Índia permaneça fora do mercado de exportação.
Fonte: [Notícias Agrícolas](https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/sucroenergetico/381685-acucar-la-nina-no-brasil-moncoes-na-asia-e-exportacao-da-india-vao-determinar-rumo-dos-negocios.html)