As projeções do mercado financeiro para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 continuam em alta, atingindo 4,96%, acima da meta estabelecida de 4,50% e marcando a 11ª semana consecutiva de aumento. Há um mês, a projeção era de 4,40%. Nos últimos cinco dias úteis, a mediana das estimativas atualizadas passou de 5,00% para 5,09%.
A partir do próximo ano, a meta de inflação será contínua e baseada no IPCA acumulado em 12 meses, com um centro de 3% e uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Caso a inflação ultrapasse ou fique abaixo desse intervalo por seis meses seguidos, o Banco Central será considerado fora da meta.
Para a inflação de 2024, a estimativa intermediária passou de 4,91% para 4,90%, também acima do teto estabelecido. Há quatro semanas, estava em 4,71%. As projeções indicam que a inflação para 2026 subiu para 4,01%, ante os 3,81% estimados há um mês. Já a expectativa para 2027 passou de 3,80% para 3,83%, comparado aos 3,50% anteriores.
O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o segundo trimestre de 2026 como um horizonte relevante da política monetária, com uma expectativa de IPCA de 4,0% nos quatro trimestres encerrados nesse período, considerando a taxa Selic do Focus e o dólar começando em R$ 5,95. No cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA encerre 2024 em 4,90% e desacelere para 4,50% em 2025.