As intensas chuvas de maio no Rio Grande do Sul tiveram impactos significativos nas cadeias produtivas de trigo e soja do estado. Durante reunião conjunta das câmaras setoriais, entidades representativas dos setores avaliaram que as principais consequências foram perdas pontuais de safra, degradação do solo e bloqueios das rodovias.
A colheita da soja estava próxima do fim quando as enchentes atingiram, resultando em perdas no final da safra. O assistente técnico em culturas da Emater/RS-Ascar, Alencar Rugeri, alertou que, embora a perda total no estado não pareça expressiva, muitos produtores perderam toda a safra, o que demanda uma análise cuidadosa dos dados.
Além disso, as enchentes dificultaram o escoamento da produção, pois a malha rodoviária precisa de reparos em diversos pontos do estado. O coordenador da Câmara Setorial da Soja, Nereo Starlick, expressou preocupação em garantir o transporte do grão até o Porto do Rio Grande.
No caso do trigo, que está em período de semeadura, as chuvas causaram degradação do solo cultivável, que já estava impactado por erosões anteriores. A escassez de sementes agrava a situação, levando a projeções de queda na produção para a próxima safra.
Dentre as medidas discutidas pelas câmaras setoriais estão a solicitação de linhas de crédito específicas para reconstrução de produtores rurais afetados, linhas de crédito para recuperação de áreas danificadas e a prorrogação de resoluções que facilitam a renegociação de operações de crédito rural. Também foi debatida a importância de recuperar as rodovias federais no RS para garantir o escoamento da produção agrícola.
A reunião contou com representantes de diversos órgãos e entidades ligadas ao setor agrícola. Para mais informações, acesse a matéria completa no site da [Notícias Agrícolas](https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/soja/377585-rs-principal-demanda-dos-setores-de-trigo-e-soja-e-a-recuperacao-do-solo-e-das-vias-de-escoamento-da-producao.html).