A França está vivenciando um período eleitoral marcado por intensa polarização e violência, com ataques a candidatos e militantes ocorrendo ao longo da campanha eleitoral para a Assembleia Nacional. O país está em processo de escolha da nova composição do parlamento em meio a um cenário de tensão e conflito político.
No primeiro turno das eleições, a ultradireita obteve uma significativa parcela dos votos e cadeiras, com 29,25% dos votos válidos e 37 representantes eleitos, incluindo a líder Marine Le Pen. Enquanto isso, o partido governista de centro, liderado pelo presidente Emmanuel Macron, enfrentou resultados aquém do esperado, com sua estratégia de atrair moderados de diferentes espectros políticos sendo prejudicada.
A polarização política na França tem se acentuado desde as eleições para o Parlamento Europeu, quando a ultradireita obteve uma vitória expressiva. Em resposta a esse cenário, Macron dissolveu o Parlamento e convocou eleições legislativas antecipadas.
Os eleitores franceses estão divididos entre propostas divergentes, com a ultradireita focando em questões migratórias e a esquerda defendendo medidas como o congelamento de preços e a revogação de reformas impopulares.
A incerteza política e a possibilidade de um governo sem maioria parlamentar têm gerado preocupações, pois isso poderia levar a um impasse institucional até o fim do mandato de Macron em 2027.
No segundo turno, 501 cadeiras estão em disputa, de um total de 577, e uma nova dissolução do Parlamento só pode ocorrer após um ano, destacando a importância desta eleição para o futuro político da França.