O governo de Nicolás Maduro revogou unilateralmente a custódia do Brasil sobre a embaixada argentina na Venezuela, onde seis opositores do regime estão abrigados. Esses opositores são alvos do governo desde março, quando a Venezuela emitiu ordens de prisão contra eles, acusando-os de tentar desestabilizar o país.
Os resultados das eleições de julho foram contestados por vários países, incluindo o Brasil, que pediram uma verificação minuciosa dos votos. Os opositores abrigados na embaixada são ligados à principal líder de oposição, María Corina Machado, que foi impedida de concorrer nas eleições.
Países como Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Panamá, Costa Rica e Estados Unidos manifestaram apoio aos governos do Brasil e da Argentina, condenando a decisão de Maduro de revogar a custódia da embaixada. O governo brasileiro continua representando os interesses argentinos em Caracas, e a Argentina rejeitou a decisão unilateral da Venezuela.
A situação teve início após a expulsão dos diplomatas argentinos de Caracas pelo governo Maduro, depois das eleições de julho. Para evitar uma crise, o Brasil assumiu a custódia da embaixada argentina. No entanto, Maduro agora tenta novamente interferir alegando que o local está sendo usado para atividades “terroristas”.