A Tailândia fez história ao se tornar o primeiro país do Sudeste Asiático a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A votação histórica no Parlamento foi celebrada como uma grande vitória para a comunidade LGBTQIA+. Após mais de duas décadas de esforços de ativistas, o projeto de lei foi aprovado no Senado com 130 votos a favor, 4 contra e 18 abstenções. Agora, aguarda a promulgação pelo rei Maha Vajiralongkorn e entrará em vigor 120 dias após a publicação no Diário Oficial, com previsão para as primeiras uniões igualitárias em outubro.
Defensores LGBTQIA+ consideram a medida um avanço significativo. Até então, apenas Nepal e Taiwan na Ásia haviam permitido o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A nova lei tailandesa substitui referências de gênero por termos neutros e garante aos casais homossexuais os mesmos direitos de adoção e herança que os casais heterossexuais.
O primeiro-ministro tailandês, Srettha Thavisin, que apoia a comunidade LGBTQIA+, comemorou a aprovação como um marco na luta pelo casamento igualitário. A Tailândia, de maioria budista, é conhecida por sua tolerância em relação à comunidade LGBTQIA+ e pesquisas locais mostram um forte apoio popular ao casamento igualitário.
Ativistas e famílias LGBTQIA+ celebraram a decisão, enfatizando a importância da proteção legal que a lei trará. No entanto, alguns ativistas destacam que a norma aprovada ainda é incompleta, pois não reconhece pessoas trans e não binárias.
Com a Tailândia, agora são 40 países no mundo que legalizaram o casamento igualitário. No Brasil, a união homoafetiva foi reconhecida pelo STF em 2011, e países como Argentina, Chile, Colômbia e Uruguai também reconhecem esse tipo de matrimônio na região.