Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a proposta brasileira de tributação global de 2% da renda dos super-ricos está ganhando apoio de diversos países em um curto período de tempo. Durante o encerramento do Simpósio de Tributação Internacional do G20 em Brasília, Haddad ressaltou que a taxação, se colocada em prática, traria benefícios inéditos para a humanidade.
Ele comparou a iniciativa brasileira a um possível terceiro pilar da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e mencionou o interesse do Brasil em ampliar as discussões sobre o tema, envolvendo representantes políticos e acadêmicos de várias nações.
Até o momento, países como França, Espanha, Colômbia, União Africana, Bélgica e África do Sul demonstraram apoio à proposta, enquanto os Estados Unidos a rejeitaram. A taxação dos super-ricos, que impactaria cerca de 3 mil indivíduos globalmente, tem o potencial de arrecadar aproximadamente US$ 250 bilhões por ano, de acordo com o economista Gabriel Zucman.
Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da Universidade de São Paulo (Made/USP) indicou que no Brasil, a aplicação de um imposto de 2% sobre a renda dos 0,2% mais ricos poderia gerar uma arrecadação de R$ 41,9 bilhões anualmente, montante significativo que poderia ser destinado a áreas como Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente.
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