Nesta quarta-feira, as taxas dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) encerraram o dia em queda acentuada, com uma redução de mais de 15 pontos-base nos contratos mais longos. Esse movimento foi impulsionado pela diminuição dos rendimentos dos Treasuries após a divulgação de dados desfavoráveis sobre o mercado de trabalho nos EUA. Além disso, a produção industrial brasileira em julho teve um impacto negativo nas taxas futuras, contribuindo para o cenário de baixa.
No final da tarde, a taxa do DI para outubro de 2024 estava em 10,526%, enquanto a taxa para janeiro de 2025 ficou em 11,925%. Já a taxa para janeiro de 2031 registrou 11,94%. A divulgação da queda na produção industrial brasileira em julho, que foi pior do que o esperado, inicialmente afetou as taxas dos DIs. No entanto, a situação mudou após o relatório Jolts do mercado de trabalho dos EUA apontar números fracos.
Os dados fracos do mercado de trabalho nos Estados Unidos, somados aos indicadores desfavoráveis do setor industrial do país, levantaram preocupações sobre uma possível recessão na economia norte-americana. Isso resultou em perdas nos rendimentos dos Treasuries e influenciou a queda nas taxas dos DIs no Brasil. Adicionalmente, houve uma redução nas expectativas de um aumento de 50 pontos-base na taxa Selic neste mês, com o mercado precificando uma probabilidade maior de elevação de 25 pontos-base. No entanto, a possibilidade de um aumento de 50 pontos-base ainda não foi descartada.
No cenário internacional, os yields dos Treasuries continuaram a cair de forma significativa, com o rendimento do Treasury de dez anos, considerado uma referência global para decisões de investimento, atingindo 3,759% às 16h46.