Nesta quinta-feira, as taxas dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) tiveram um ajuste significativo para baixo, especialmente nos contratos mais curtos, em resposta à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica Selic em 10,50% ao ano, conforme esperado pelo mercado. No entanto, as taxas foram impactadas pelas críticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e à decisão do comitê, resultando em um fechamento do dia distante das mínimas alcançadas anteriormente.
No final da tarde, as taxas estavam em níveis mais baixos, com o DI para janeiro de 2025 em 10,625%, o DI para janeiro de 2026 em 11,225% e o DI para janeiro de 2027 em 11,61%. Entretanto, os contratos mais longos viraram para o positivo em relação ao fechamento anterior.
A decisão unânime do Copom foi bem recebida pelo mercado, que interpretou como um sinal de alinhamento no comitê. Porém, as críticas de Lula à decisão do BC e a Campos Neto fizeram as taxas se afastarem das mínimas, juntamente com a alta dos rendimentos dos Treasuries no exterior.
Profissionais do mercado avaliam que a manutenção da Selic em 10,50% nos próximos meses é provável, mas não descartam a possibilidade de novos cortes caso o cenário econômico melhore. A precificação da curva indica 77% de chances de manutenção da Selic e 23% de chances de aumento de 25 pontos-base na próxima reunião do Copom em julho.