O Tribunal de Contas da União (TCU) pediu esclarecimentos à Caixa Asset sobre a possível aquisição de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master. Após um parecer desfavorável ao negócio, os técnicos responsáveis pela análise foram removidos de seus cargos. O ministro Marcos Bemquerer Costa concedeu um prazo de dez dias para que a estatal envie um relatório completo da análise do investimento, bem como uma lista dos funcionários destituídos e um registro de todas as transações realizadas ou em andamento com o Banco Master.
O parecer técnico contrário à transação citou várias razões, como o risco de reputação para a Caixa e a capacidade de pagamento do Banco Master. O risco de reputação surgiu devido ao proprietário do Banco Master, Mauricio Quadrado, ter sido mencionado em uma delação premiada por supostamente subornar para facilitar uma operação do FI-FGTS, administrado pela Caixa. A compra das letras financeiras no valor de R$ 500 milhões faria da Caixa Asset a maior credora do Banco Master, o que poderia representar riscos de solvência para a instituição.
A Caixa Asset afirmou que avalia as oportunidades de investimento alinhadas à estratégia de mercado e faz avaliações regulares de sua equipe de gestores. O Banco Master, por sua vez, mencionou que vários investidores têm adquirido letras financeiras emitidas pela instituição sob condições semelhantes, destacando a confiança e atratividade de seus produtos financeiros no mercado.
Quanto às alegações contra os executivos citados, o Banco Master as considerou falsas e sem relação com as operações do banco. A situação levantou questões sobre a transparência e segurança nas transações financeiras entre as entidades envolvidas.