Após a histórica derrota da seleção brasileira por 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014, o técnico Luiz Felipe Scolari expressou sua perplexidade diante do resultado vexatório, atribuindo parte da responsabilidade a um “apagão” de seis minutos, no qual a Alemanha marcou quatro gols. Apesar de tentativas de explicação com base em estatísticas e argumentos, a impactante derrota em casa deixou marcas profundas.
Esse episódio representou um momento crucial para o futebol brasileiro, levantando questionamentos sobre a abordagem dos treinadores mais experientes, considerados obsoletos. Isso resultou em uma tendência de apostar em treinadores mais jovens, muitos formados nos próprios clubes, e na contratação de profissionais estrangeiros.
Embora alguns treinadores jovens tenham obtido sucesso em conquistar títulos importantes, a esperada transformação no cenário do futebol brasileiro não se concretizou inteiramente. A procura por técnicos estrangeiros cresceu, com destaque para o êxito de Jorge Jesus no Flamengo e a contratação de outros estrangeiros por clubes brasileiros.
No momento atual, a contratação de treinadores estrangeiros é uma tendência no futebol brasileiro, com uma pesquisa indicando que uma parcela significativa da população já aceita a ideia de um técnico estrangeiro comandando a seleção brasileira. A CBF chegou a negociar com nomes como Pep Guardiola e Carlo Ancelotti, porém ainda não concretizou essa contratação.
Apesar disso, a contratação de treinadores estrangeiros não se revelou como uma solução definitiva para os dilemas do futebol brasileiro, levando alguns clubes a retornar a treinadores brasileiros na busca por resgatar a identidade perdida desde a última vitória na Copa do Mundo em 2002. A trajetória de Felipão, com seus triunfos e passagens por grandes clubes, exemplifica a complexidade e a evolução do cenário técnico do futebol no Brasil.