Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia decidiram não reconhecer a “legitimidade democrática” da reeleição de Nicolás Maduro na Venezuela devido à falta de evidências sobre a suposta vitória do líder chavista. A decisão foi anunciada pelo chefe de política externa do bloco, Josep Borrell, após uma reunião em Bruxelas que contou com a participação do candidato da oposição, Edmundo González, por videoconferência.
González, oponente de Maduro nas eleições, não foi visto em público desde 30 de julho e recebeu uma terceira intimação do procurador-geral venezuelano. Borrell destacou que a recusa do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela em fornecer evidências da vitória de Maduro nas eleições presidenciais foi um dos motivos para a decisão da UE.
Enquanto Caracas afirma que Maduro venceu com 52% dos votos, a oposição alega que González obteve 67%. A oposição disponibilizou documentos online para comprovar sua vitória, enquanto o regime de Maduro não apresentou evidências solicitadas internacionalmente.
Apesar da posição da UE, os países do bloco não reconheceram González como presidente eleito da Venezuela e não impuseram novas sanções ao país. Borrell ressaltou que a decisão não tem consequências práticas imediatas, mas representa uma declaração forte do grupo. Já alguns países, como os Estados Unidos, reconheceram González como presidente eleito com base nos documentos disponibilizados pela oposição.