As universidades e institutos federais de ensino superior (Ifes) manterão a greve em curso, de acordo com informações divulgadas por entidades coordenadoras da paralisação. Apesar de um acordo anunciado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos na última segunda-feira (20), as entidades afirmaram que não irão assiná-lo e pediram a continuidade das negociações em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (24).
O presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Gustavo Seferian, criticou a postura do governo em encerrar unilateralmente as negociações. Segundo ele, há margem no orçamento deste ano para atender às reivindicações dos professores e técnicos administrativos das instituições federais de ensino superior.
A greve teve início em 15 de abril e, de acordo com o Andes, assembleias indicam a continuidade da paralisação em 59 universidades e mais de 560 colégios federais. A proposta apresentada pelo governo em maio prevê aumentos salariais para os professores até 2026, mas sem reajustes para este ano, o que tem sido um dos pontos de desacordo da categoria.
O Comando de Greve destaca que há espaço no orçamento para atender às demandas, a partir do desbloqueio de R$ 2,9 bilhões informado pelo governo. Os líderes do movimento defendem que esse recurso seja direcionado para recompor as perdas salariais dos últimos anos e investir nas instituições federais.
A coordenadora-geral do Sinasefe, Artemis Matins, ressaltou a expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva intervenha nas negociações para desbloquear o impasse. Quanto ao pessoal técnico-administrativo, as negociações continuam em andamento, com uma nova rodada prevista para o início de junho.
Saiba mais sobre a matéria completa da Agência Brasil [aqui](https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2024-05/universidades-e-institutos-federais-de-ensino-superior-mantem-greve).