Seis em cada dez escolas de ensino fundamental e médio estabelecem regras para o uso de telefone celular pelos alunos, conforme aponta pesquisa
Segundo a pesquisa TIC Educação 2023 divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), a maioria das escolas de ensino fundamental e médio no Brasil implementa regras para o uso de celular pelos alunos. Cerca de 60% das instituições permitem o uso do dispositivo apenas em determinados espaços e horários, enquanto em 28% das escolas o uso do celular é proibido.
O estudo também revelou que o controle sobre o uso do celular tem se intensificado, especialmente em escolas que atendem alunos mais jovens. Nas escolas que englobam até os anos finais do ensino fundamental, a proporção daquelas que proíbem o uso do celular aumentou de 32% em 2020 para 43% em 2023. Já nas escolas que oferecem até o ensino médio, apenas 8% proíbem o uso do celular.
Além disso, a pesquisa apontou que mais escolas estão limitando o acesso dos alunos à rede Wi-Fi. A maioria das instituições restringe o acesso por meio de senha (58%), enquanto 26% permitem o uso da tecnologia. Houve uma redução na proporção de escolas que liberam o Wi-Fi para os alunos, de 35% para 26%, e um aumento naquelas que restringem o acesso, de 48% para 58%.
No que diz respeito ao acesso à internet, 92% das escolas de ensino fundamental e médio no Brasil possuem conectividade, o que representa um aumento significativo em comparação com os 82% registrados em 2020. Nas áreas rurais, o acesso à internet nas escolas cresceu de 52% para 81%, porém apenas 65% das unidades dessa região disponibilizam o acesso aos alunos. Nas escolas municipais e públicas também houve um aumento na conectividade.
O estudo também abordou a disponibilidade de equipamentos digitais nas escolas, destacando o aumento na oferta de computadores nas unidades rurais. No entanto, gestores de escolas municipais relataram menor disponibilidade de equipamentos para os alunos. Também foram relatadas melhorias na conectividade nas salas de aula, embora ainda existam desafios, como a falta de laboratórios de informática com acesso à internet em algumas escolas.