O regime de Nicolás Maduro na Venezuela foi acusado por líderes da oposição de anular os passaportes de várias pessoas críticas ao governo. Segundo denúncias, mais de 30 críticos do governo tiveram seus documentos invalidados somente no estado de Zulia, no oeste do país.
Um ativista de direitos humanos, Romer Rubio, que lidera uma plataforma de partidos opositores venezuelanos e vive no Chile, descobriu que seu passaporte foi anulado ao verificar o sistema governamental, após receber alertas sobre a situação. Esse movimento é interpretado como mais uma tática repressiva em meio a uma onda de prisões e repressões a manifestantes e líderes da oposição após a polêmica eleição presidencial que garantiu a vitória de Nicolás Maduro, segundo o Conselho Nacional Eleitoral.
A associação Espaço Público identificou pelo menos 16 casos de passaportes anulados, incluindo os de jornalistas. Organizações de direitos humanos compararam essas ações a práticas comuns em regimes autoritários, considerando-as uma clara violação das normas internacionais.
Essa ação do governo venezuelano tem gerado preocupações e críticas de diversos setores, que veem nessa medida uma estratégia para intimidar e reprimir os críticos do regime.