O Copernicus, observatório europeu, divulgou que as temperaturas médias globais atingiram níveis recordes durante os meses de verão deste ano, superando o recorde anterior de 2023. Junho e agosto foram os meses mais quentes, contribuindo para o verão mais quente do hemisfério norte. Essa tendência sugere que 2024 pode se tornar o ano mais quente já registrado, ultrapassando 2023.
Algumas regiões como Espanha, Japão, Austrália e partes da China enfrentaram níveis históricos de calor em agosto. A temperatura média global de agosto deste ano igualou o recorde estabelecido em 2023, ficando 1,51°C acima da média pré-industrial. O aquecimento global tem sido evidente, com 13 dos últimos 14 meses ultrapassando o limiar de 1,5°C do Acordo de Paris.
O aquecimento excepcional dos oceanos tem impulsionado os recordes de calor, com a temperatura média da superfície do mar mantendo-se em níveis extraordinários desde maio de 2023. A China também experimentou altas temperaturas em agosto, com o serviço meteorológico do país relatando que a temperatura média foi a mais elevada desde 1961.
Esses dados alarmantes levaram a Organização Meteorológica Mundial (OMM) a emitir um “alerta vermelho” em relação às mudanças climáticas. A diretora da OMM destacou a necessidade de reforçar o monitoramento e o suporte às agências meteorológicas, bem como de direcionar mais recursos para lidar com essa situação.
Recentemente, a OMM divulgou uma avaliação dos impactos das mudanças climáticas na Ásia e no Pacífico, alertando para a elevação acima da média do nível do mar em várias regiões.