Durante a cúpula do Brics em Kazan, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, mencionou a possibilidade de empregar forças da Coreia do Norte na Guerra da Ucrânia. Segundo informações de serviços de inteligência, Pyongyang teria enviado cerca de 3.000 soldados, parte de um contingente maior que estaria disposta a ceder a Putin com base em um acordo estratégico assinado com o ditador Kim Jong-un. Este acordo prevê socorro mútuo em caso de invasão armada.
Putin negou que o uso das forças norte-coreanas represente uma escalada militar e reiterou sua narrativa sobre a guerra, responsabilizando o Ocidente pelo apoio ao governo em Kiev desde 2014. Ele mencionou propostas de negociações de paz feitas por China e Brasil, mas sugere que o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, não estaria disposto a conversar devido a interesses de permanecer no poder.
Além disso, Putin afirmou estar em contato com o Irã para evitar um possível ataque de Israel e discutiu a possibilidade de um acordo de parceria estratégica entre as duas nações. Essas movimentações sugerem uma conexão militar entre países fortemente armados, alinhados à China na chamada Guerra Fria 2.0 contra os EUA e seus aliados ocidentais.
Apesar das tensões, Putin enfatizou a importância de buscar a paz e evitar escaladas no Oriente Médio. O Irã e a Coreia do Norte já foram acusados de fornecer armas para a Rússia durante o conflito ucraniano.