Durante a gestão de Lula no STF, o ministro Cristiano Zanin votou a favor do governo federal em julgamentos com impacto econômico significativo. Ele apoiou o Palácio do Planalto em processos relacionados ao INSS e FGTS, que poderiam gerar um impacto negativo de R$ 1,1 trilhão nas contas públicas. No entanto, seu alinhamento em questões econômicas diverge de sua posição em pautas de costumes, onde foi criticado pela militância petista por votos em casos de homotransfobia e drogas.
Em relação à desoneração da folha de pagamento, Zanin decidiu suspender partes da lei que prorrogava o incentivo para 17 setores da economia até 2027, alegando falta de demonstração do impacto financeiro. Ele também se posicionou contra a revisão do FGTS, mas foi derrotado pela proposta apoiada pelo governo.
Apesar de sua afinidade com Lula em questões econômicas, os votos de Zanin em pautas de costumes são bem vistos por auxiliares do presidente, pois ajudam a acalmar as relações com alas conservadoras. Em resumo, o ministro adotou uma postura independente ao decidir com base em sua interpretação das leis e da Constituição, mesmo quando em desacordo com o governo.