O piloto Paulo Garcia, especialista em aviação com 49 anos de experiência, afirmou que a aeronave monomotor que caiu em Jaboticabal, SP, no último sábado (23), não tinha condições de voar na chuva. Segundo ele, a categoria da aeronave não era indicada para voos por instrumento, nos quais o piloto utiliza apenas os instrumentos da cabine como referência.
Garcia ressaltou que mesmo ele, com toda a experiência e habilitação necessária, não poderia pilotar aquela aeronave em condições de voo por instrumento, pois a aeronave não possuía certificação para esse tipo de voo.
O empresário Delcides Menezes Tiago, de 65 anos, piloto e proprietário da aeronave, era de Monte Alto (SP) e possuía licença para pilotar. No entanto, a Polícia Civil suspeita que ele possa ter ficado desorientado durante o voo.
As investigações apontam o mau tempo como uma das principais causas do acidente. No momento da queda, chovia intensamente e a aeronave atingiu o solo e explodiu.
Garcia enfatizou que o cérebro fica confuso em situações como essa e que o piloto pode não ter consciência de que está batendo no chão. Ele concluiu afirmando que a aeronave não deveria estar voando naquelas condições.
